O último mês do ano reservou boas supresas para os amantes da arqueologia bíblica. Curiosamente, todos tem relação com o Novo Testamento e nos auxiliarão a ter mais compreensão sobre o contexto histórico-cultural da época de Jesus Cristo.
1. O Crucificado Inglês
Raridade encontrada em Cambridgeshire traz mais luz sobre a cruz, instrumento de tortura e morte do Império Romano
Quem nos segue no Instagram e no Facebook já está por dentro da primeira novidade!
No nosso post do início do mês, informamos a vocês que arqueólogos ingleses (Albion Archeology) encontraram uma raridade no condado de Cambridgeshire: um prego fixado através do osso de um calcanhar.
A datação dos esqueletos encontrados no local, entre 130 e 360 d.C., demonstram que se trata de um condenado pelo Império Romano, já que houve ocupação romana em uma parte da Grã-Bretanha entre 43 d.C. e 410 d.C.
A importância desse achado se dá em razão de ser quase impossível encontrar restos mortais de um crucificado, visto que este tipo de condenado dificilmente recebia um enterro adequado.
Essa era, inclusive, uma objeção feita pelos céticos a respeito do relato dos Evangelhos, que informam que Jesus pôde ser sepultado.
Contudo, a arqueologia vem demonstrando a existência de exceções, como demonstram esse novo achado e o já conhecido crucificado de Jerusalém (imagem ao lado), o qual sabemos até o nome: João (Yehohanan ben Hagakol).
Assim, mais uma vez, a arqueologia corrobora o relato dos Evangelhos ao demonstrar que, apesar de não ser uma prática comum, alguns crucificados obtiveram o favor do Império Romano para serem sepultados.
O crucificado de Jerusalém é uma das réplicas disponíveis no nosso Museu. Agende sua visita no aqui no IBArq, onde você embarca na história!
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2. A CIDADE DE MARIA MADALENA É A PRIMEIRA DE ISRAEL COM 2 SINAGOGAS
Escavação feita pela IAA (Israel Antiquities Authority) em parceria com a Universidade de Haifa encontrou uma segunda sinagoda em Magdala (Migdal).
A cidade de Maria Madalena foi, novamente, epicentro de uma incrível descoberta arqueológica na terra de Israel.
Em 2009, foi descoberta uma sinagoga bem ornamentada, localizada em uma área industrial da cidade (foto à esquerda).
Agora, durante a expansão de uma rodovia, a menos de 200 metros foi encontrada uma nova sinagoga na antiga cidade da Galiléia.
Menor, mais simples do que a primeira e localizada em área residencial, esta edificação pode ser datada como do período do Segundo Templo (época de Jesus) graças a vidros, cerâmicas e moedas desenterrados em seu espaço.
A sinagoga recém-descoberta foi construída com basalto vulcânico e calcário e é composta de um salão principal e duas salas laterais.
A base de 2 dos 6 pilares que teriam sustentado o telhado também foram encontradas, assim como algumas evidências de pinturas e uma possível prateleira onde seriam guardados os rolos da Torá.
Esta é a primeira vez que duas sinagogas antigas do período do Segundo Templo foram descobertas na mesma cidade, o que denota o quão comuns eram as sinagogas naquela época.
Também é possível entender um pouco mais da religiosidade da população:
"Conseguimos imaginar Maria Madalena e sua família vindo para esta sinagoga, junto com outros habitantes locais, para participar de serviços religiosos e eventos comunitários"
Dina Avshalom-Gorni, coordenadora da escavação
Descobertas como essas são importantes para entender textos do Novo Testamento, quando, por exemplo, o Evangelho de Mateus diz que "Jesus percorreu todas as cidades e vilas, ensinando nas sinagogas e proclamando o evangelho do reino e curando todas as doenças e aflições." (Mt 9:35).
Para entender mais do contexto histórico-cultural da Bíblia, não deixe de fazer uma visita ao nosso acervo:
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3. O ANEL DO BOM PASTOR
Dois navios naufragados em Cesaréia Marítima repletos de achados arqueológicos
A unidade marinha da IAA (Israel Antiquities Authority) localizou, na costa de Cesaréia Marítima, dois antigos navios naufragados, de diferentes datas, contendo uma centena de moedas do período romano e do período mameluco.
Datados do século III e do século XV, os navios, provavelmente destruídos por tempestades, possuíam também tinteiros, estatuetas, sinos, cerâmicas e outros artefatos.
O mais importante deles, talvez seja um anel de ouro com uma pedra preciosa e gravado com a figura de um homem carregando uma ovelha nos ombros:
Essa imagem é uma conhecida arte cristã primitiva que faz alusão ao Bom Pastor, Jesus Cristo (Evangelho de João 10:11). Outras tantas referências como essas podem ser encontradas em desenhos, esculturas e as mais varidas artes do cristianismo primitivo, como no Mosaico do pavimento da basílica patriarcal de Aquileia (Itália), do século IV dC.
Trata-se, portanto, de mais um achado relacionado à História da Igreja Cristã e do seu movimento da Terra de Israel.
Para aprender mais sobre o contexto histórico-cultural da Bíblia, sobre as raízes judaicas e o início do cristianismo, agende uma visita ao nosso acervo!
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